sexta-feira, 23 de julho de 2010

Decepcionado(a) com Deus?

Muito se tem ouvido falar hoje em dia, sobre cristãos decepcionados com Deus. Muitas pessoas que estão dentro das igrejas, nutrem uma  decepção com Deus. Quais são os motivos que levam a chegar a este ponto? Você já se decepcionou com Deus?

Há um livro que retrata exatamente este "sentimento" por Deus. Chama-se Decepcionado com Deus, de Philip Yancey.
Lidar com o sofrimento é o mais duro teste para a fé. A princípio, parece uma contradição: por que Deus permite situações de tamanha calamidade pessoal na vida de pessoas que se dispõe a crer e confiar nele? Muitas delas não resistem a esses testes e sucumbem.

Abordando alguns trechos deste livro estarei escrevendo sobre este tema. Mas, aconselho a você, se possível comprar o livro, é muito bom.  

Está a venda no site da Editora do Mundo Cristão por R$29,90.


Um trecho  do livro:
"Então certo dia de repente algo saltou da página: Êxodo descrevia o próprio mundo que Richard almejava! Mostrava Deus entrando quase que diariamente na história humana. Mostrava-o agindo com absoluta justiça e falando de tal forma que todos podiam ouvir. E mais do que isso: ele até mesmo se fez visível!
O contraste entre os dias dos israelitas e os nossos, o século vinte, me pôs a pensar sobre como Deus dirige o mundo, e eu. Se Deus de fato tem o poder para agir justamente, falar audivelmenie e aparecer visivelmente, por que então ele parece tão relutante em intervir em nossos dias? Talvez o registro dos israelitas no deserto contenha alguma pista.
Pergunta: Deus é injusto? Por que ele não age com coerência, punindo as pessoas más e recompensando as boas? Por que coisas terríveis acontecem a pessoas boas e más, sem que se possa discernir um padrão de comportamento?
Imagine um mundo planejado de tal forma que experimentemos um pequeno beliscão a cada pecado e uma agradável sensação de prazer a cada ação correta. Imagine um mundo em que cada doutrina errônea atraia sobre si um relâmpago, ao passo que cada repetição do Credo Apostólico estimule os pontos de prazer dos nossos cérebros.
O Antigo Testamento registra uma experiência quase tão ostensiva de "modificação do comportamento": a aliança de Deus com os israelitas. No deserto do Sinai Deus resolveu recompensar e punir seu povo com uma justiça estrita, baseada em leis. Ele assinou a promessa de justiça com sua própria mão, subordinando-a a uma condição: os israelitas tinham de seguir as leis que ele outorgara. Ele então fez com que Moisés esboçasse para o povo os termos dessa promessa:
Resultados da Obediência                                      Resultados da Desobediência
-Cidades e áreas rurais prósperas                          -Violência, crime e pobreza em todos os cantos
-Nenhum problema de esterilidade                        
- Infertilidade entre as pessoas e os rebanhos
entre homens, mulheres ou rebanhos                   
-Sucesso garantido nas colheitas                             -Perda de colheitas, gafanhotos e  vermes
-Condições favoráveis de tempo                              -Calor abrasador, seca, pragas e mangra
-Vitórias militares asseguradas                                 -Dominação por outras nações
-Imunidade total a doenças                               -Febre e inflamação; loucura, cegueira, mente confusa
 
Se fossem obedientes, disse Moisés, Deus os exaltaria "sobre todas as nações da terra"; sempre estariam "em cima, e não debaixo". Com efeito, aos israelitas prometeu-se proteção de praticamente todo tipo de miséria e infelicidade humana. Por outro lado, caso desobedecessem, tornar-se-iam "pasmo, provérbio e motejo entre todos os povos a que o SENHOR te levará.... Porquanto não serviste ao SENHOR teu Deus com alegria e bondade de coração, não obstante a abundância de tudo. Assim com fome, com sede, com nudez e com falta de tudo, servirás aos teus inimigos, que o SENHOR enviará contra ti."
Continuei lendo, vasculhando os livros de Josué e Juizes  para ver os resultados dessa aliança baseada num sistema "justo" de retribuição e punição. Num prazo de cinqüenta anos os israelitas tinham-se desintegrado, passando a um estado de anarquia total. Grande parte do restante do Antigo Testamento relata a história deprimente das maldições (não as bênçãos) preditas se tornarem verdade. Apesar de todos os abundantes benefícios da aliança, Israel deixou de obedecer a Deus e assim cumprir as condições estipuladas.
Anos mais tarde, quando os autores do Novo Testamento olharam para aquela história passada, eles não apresentaram a aliança como um exemplo em que Deus se relacionava com absoluta coerência e justiça com o seu povo. Ao invés disso, disseram, a antiga aliança servia como uma lição objetiva: demonstrava que os seres humanos eram incapazes de cumprir um contrato com Deus. A eles parecia claro que fazia-se necessária uma nova aliança (um "novo testamento") com Deus, uma aliança baseada no perdão e na graça. E é exatamente por essa razão que o "Novo Testamento" existe.
"